
Outro dia comentei que gostava dessa beleza triste que notava em algumas coisas e pessoas. "Taí" algo que sempre me fascinou.
Gosto das tardes silenciosas, com céu avermelhado e o reflexo do peso do mundo caindo no horizonte.
Felicidade em demasia tira a inspiração das pessoas, as torna comuns demais, e a consequência é deixá-las sem graça, sem brilho.
Pior ainda são aquelas que não há como saber se são tristes ou felizes [às vezes me pego nessa situação] e isso é quase que lamentável.
Tenho medo [é...eu também tenho meus medos!] que os meus desejos se percam em meio a meus tantos devaneios [muitos constantemente imersos dentro de mim mesma], pois essa brevidade da vida da gente, nem sempre nos deixa perceber que não somos eternos. Se bem que eternidade seria completamente sem graça. Viver sabendo-se que tempo não é problema, que tudo poderia ser feito e desfeito; isso tiraria a beleza triste e fugaz que move a nossa vida.
Não posso dizer ao certo se é a vida, as pessoas, que trazem em si aquela tristeza sublime que as deixa mais interessantes, ou se essa beleza triste que tanto me fascina é mais um desvario dos meus olhos que espelham as loucuras da minha alma.