À vontade...o prazer é nosso!

... Afinal, na vida só há espaços verdadeiros para cores, dores, amores...e muitos devaneios.































































segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sempre partindo


...De repente ela se deu conta de que não estava feliz. Passou horas em silêncio naquele dia quente de verão. Se perguntava sobre as razões de não conseguir se satisfezer com a metade da laranja. Um lágrima furtiva escorreu-lhe dos olhos. O que
mais lhe doía era não saber tais razões. Passara dias tentando decidir que caminho tomar, e naquela manhã, mergulhada naquele silêncio , decidiu-se, mesmo sem saber ao certo o que deveria fazer. Então mais uma vez arrumou suas malas, fitou tudo ao redor e antes que ele voltasse ela partiu. Ela nunca ficava.

sábado, 24 de abril de 2010

Receitando


...E quando chegar chegue assim de mansinho, pé sobre pé, mas não se esqueça de fazer saber-se [sou distraída] seja lá como for. Pode vestir um sorriso ou um olhar melancólico [não triste], os dois me franzem a testa [o que será um bom sinal] e me deixam inquieta. Deixe-me ouvir sua voz como melodia leve [não a ponto de me fazer dormir] e forte. Seja inteligente, mas não arrogante, e faça algumas piadas sem graça só para me mostrar que você tem senso de humor. Sempre gostei de piadas sem graça. Não use camisa para me levar para jantar no primeiro encontro [pague a conta], basta uma camiseta branca e estará bem vestido. Jamais use regata! [não gosto nada de regata]. Talvez na academia seja aceitável. A barba pode estar por fazer, porém, deixe os cabelos impecáveis [se preciso, use gel]. Não pegue em minha mão para recitar poesia, [isso me irrita] mas a aperte forte para me acalmar [isso sempre dá certo]. E se quiser recitar poesia, brinque de ser poeta e o faça sempre em pé, sorrindo [mesmo que seja triste] e se mexendo muito [vou achar engraçado e bonitinho]. Deixe-me saber da sua vida, mas não me conte todos os seus segredos [mistério me fascina] e queira, mas não pergunte sobre os meus. Minta quando for preciso, mas me faça acreditar que é verdade. Sempre me deixe andar do seu lado esquerdo. Quando me magoar, não acredite se eu disser que está tudo bem [sou muito rancorosa] e me deixe saber que você não acredita. Fique longe de mim durante minha TPM [esse tempo me fará sentir saudades]. Olhe-me nos olhos toda vez que disser qualquer coisa e sempre faça o que me disser que fará. Se disser: “te ligo amanha”, mesmo que seja em seu último suspiro, realmente me ligue amanhã [sou radical com quase tudo]. Seja mais forte que eu, mesmo quando estiver sem forças [minta], mas acredite que eu também posso ser uma fortaleza. Não seja previsível [previsibilidade me entedia], mas também não se feche tanto em si mesmo, pois eu tenho muito medo de escuro. Ligue-me de madrugada só para dizer que está com saudades [posso ficar irritada por me acordar, mas dormirei novamente com um sorriso nos lábios] e precisava me ouvir. Acorde no meio da noite só para me ver dormir. Faça-me acreditar que mesmo pela manhã sou a mulher mais linda do mundo [é uma boa causa para mentir]. Perceba que sou indivisível; não há como me ter pela metade. Não apareça tanto, mas não suma o suficiente para eu acreditar que não faz falta em minha vida. Quando eu chorar, simplesmente me abrace; não me peça para parar. Faça amor [sexo também] comigo em todos os cantos da casa; depois pode sorrir e até fumar um cigarro [mas não gosto de cigarros] na cama, ou no sofá. Seja meu amante, meu amigo, meu namorado, meu marido e tantos outros em um só, mas sempre me deixe livre [liberdade é o que me prende] para ir aonde eu desejar. Goste quando eu cantar [canto mal] e entenda que sempre canto quando estou verdadeiramente feliz. Faça-me sentir ciúmes a ponto de temer perdê-lo, mas nunca seja desleal [lealdade é diferente de fidelidade] comigo nem com você. Não seja perfeito. Por fim, não siga à risca minha receita; pode invadir e fazer-se único, talvez me pegue desprevenida a ponto de deixá-lo ficar.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Se Jogue!


Que o seu dia seja melhor que ontem...e não tão bom quanto amanhã...[parafraseado]...Queira muito as coisas que o deixam feliz....e QUEIRA abandonar as que não o deixam! Abra-se, rasgue-se se for preciso e tire tudo oque lhe deixa infeliz. Não se preocupe com os outros. Esteja bem primeiro, o resto vem! Não de proporções maiores que as devidas a coisas [ou pessoas] que não te acrescentem.
Acredite que tudo tem seu tempo e que vem na hora que deve vir! Não desanime se as coisas demorarem um pouco para chegar. ELAS SEMPRE CHEGAM! Desde que você dê pelo menos um passo a cada dia em direção aos seus desejos. O importante é NUNCA PARAR! AME! a pessoa mais importante desse mundo para você...VOCÊ MESMO! é de você que tem gostar mais que de qualquer um!
Se você gostar verdadeiramente de você, saberá dar exatamente a parcela adequada a cada momento [triste ou alegre] da sua vida. Quando sofrer [isso é importante!] sofra "à vista", esse negócio de sofrer às prestações é a maior bobagem do ser humano [tem que ficar atento]. Sofra tudo de uma vez, chore, grite, passe-se por louco [ou enlouqueça de verdade se preciso], se rasgue mesmo!
Depois, faça uma "trouxa" de tudo isso e jogue no baú das inutilidades [baú do esquecimento não existe, não se iluda] e largue tudo lá, que o tempo se encarrega de misturar a tantas outras trouxas de coisas inúteis que acumulamos e depois armazenamos nesse baú no decorrer da nossa vida. Uma vez lá, é sempre mais fácil não sermos mais "influenciados" por elas, porque sabemos que coisas inúteis são perda de tempo.
Aprenda a enxergar as coisas e não apenas olhá-las, aprenda a SE! ver melhor! Saiba o momento certo de "colocar o dedo na ferida". Descubra antes se está preparado para suportar a dor. Enfrentar, nem sempre é sinal de força. Fugir pode ser mais inteligente às vezes. Mas nunca deixe o seu subconsciente te convencer de que você não pode alguma coisa, porque você PODE! E é um erro dizer que querer é poder,
porque QUERER é FAZER! Então FAÇA! Solte suas amarras! Viva como se fosse o último dia da sua vida [o que não lhe dá o direito de SE! colocar na linha de frente com as suas fraquezas] mas não perca aquela água na boca de desejo pelo amanhã. Ele é incerto, mas é provável! Entenda que nossas dores diminuem quando aprendemos a valorar a causa delas. SE OLHE E SE VEJA! Seja um rio transparente para você mesmo.
Assim você saberá a profundidade em que pode caminhar e fazer as suas próprias escolhas. Sê feliz! QUEIRA isso! Mas saiba que felicidade é estado de espírito, é como uma pluma leve que vem e vai com o balanço do vento. Sabendo disso, aprenda a fazer DEPÓSITOS DE FELICIDADE! Quando a pluma se for, você terá de onde retirar porções para suportar até que o vento vire novamente. Viver é tão simples!
VOCÊ é sim a pessoa mais importante para você mesmo! [e uma das mais para mim também] A SUA! felicidade é SUA obrigação! Felicidade irradia, contamina. CONTAMINE as pessoas! E isso é mais fácil quando se é um livro aberto. Livros fechados são difíceis de entender, porque não se pode lê-los! Sorria para você mesmo que dá certo [VÁ! corra pra frente do espelho e faça o teste! O que está fazendo aqui ainda?! Vá!]
Tudo bem, depois você faz o teste...mas faça...Abra um sorrisão para você mesmo em gratidão ao amor que você sente por você mesmo! NÃO SE LIMITE! Rompa com suas barreiras. Atraque alguns navios [isso é importante também] e não deixe que NADA e nem NINGUÉM! lhe convença de que VOCÊ não é a pessoa mais importante e especial desse mundo! Não espere o amanhã para SE! provar que se ama de verdade!
Não espere o depois [ele nem sempre chega] para dizer às pessoas oque você realmente pensa delas [seja bom ou ruim] porque pode fazê-las felizes ou ajudá-las a mudar! Não SE! engane jamais. Tire a trava dos seus olhos e descortine a você mesmo, assim você descobrirá o que realmente tem valor e o que deve ser sepultado naquele baú das inutilidades!
Coloque tudo na balança dos acontecimentos, as coisas boas e ruins, meça as porções de felicidades e de infelicidades que cada acontecimento lhe proporcionou, e as porções daquilo que não "fedeu nem cheirou" em sua vida. Depois separe-as. [já sabe onde colocar cada uma]. E comece a caminhar, sem parar. Um dia andará 10 quilômetros, em algum outro, dará apenas um passo.
Mas o importante é nunca permanecer no mesmo lugar! Entenda isso...a vida é uma mola, cabe a você decidir como irá usá-la. Ou você usa para impulsiná-lo e chegar a outras dimensões, ou usa para sempre voltar para o mesmo lugar. Você é imenso! SE! descubra! Tenho certeza que encontrará alguns "vocês" que você sequer imagina que existem! SE JOGUE!
Mergulhe na vastidão que existe em você mesmo! É prazeroso isso! Enfrente somente oque tem certeza [ou pelo menos uma possibilidade] que pode vencer! Fugir não é covardia às vezes [sendo repetitiva]. Mas uma coisa é fato: VOCÊ PODE! muito mais do que imagina e isso não é papo de livro de auto-ajuda; é fato mesmo!
Que o seu dia seja movido por essa mola propulsora de certezas e incertezas que existe dentro de você. E que ao final, você consiga folhear pelo menos mais uma página desse livro maravilhoso que é VOCÊ mesmo, o livro da SUA vida.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Tudo é uma questão de GOSTO!


É que essa coisa de ser julgada pelas minhas opiniões e gostos musicais sempre me deixou irritada! Se eu gosto de sertanejo, sou caipira, brega, tenho péssimo gosto para tudo; se eu gosto de rock, sou viciada em drogas, se eu gosto de eletrônica sou patricinha e só penso em festas. Mas por que será que as pessoas [que em sua maioria que gostam de sertanejo e não assumem]batem no peito e enchem a boca para dizer EU GOSTO MESMO É DE MPB!!! DE BLUES!!! Nada contra, muito pelo contrário, eu amo MPB e Blues, apenas não consigo engolir essa hipocrisia de alguns que vivem apontando o dedo e julgando a sua personalidade pelo que você gosta de ouvir! Por que será que raramente alguém se espanta quando você expoe suas opiniões políticas ou seu posicionamento social?! Bem, é provável que a resposta seja simples [é provável não...a resposta É simples], por certo que ninguém se espanta porque não pergunta, não quer saber de suas opiniões sociais e políticas porque não saberiam julgar por algo alheio ao seu nível de intelecto [limitado]. Se tem uma coisa que me tira do sério é isso: "Credo! Você gosta de sertanejo?!", e faz aquela cara de nojo. Nossa! Isso me faz enrubescer na hora. Porque nesse momento me sinto condenada e julgada no todo pelo simples fato de gostar de algo [que muitos desses "inquisidores" gostam, mas que não tem peito para assumir!]. O que eu não aceito é hipocrisia! Gostar, fingir que não gosta, e além de tudo querer incutir na cabeça do outro virtudes [musicais] que na realidade sequer possui! Não são meus gostos musicais que definem quem eu sou ou meu papel [uma vez que nem sempre sei quem sou], mas sim minhas posições diante das situações políticas, sociais, ou qualquer outra coisa de maior relevância do que aquilo que determina o que dá prazer [ou desprazer] à minha audição! Tem gente que só tem cabeça para usar chapéu! Dai-me paciência com essa parcela de [des]entendedores dos saberes musicais e dos saberes da personalidade humana relacionado a isso! Nem Freud explica...

terça-feira, 20 de abril de 2010

O agora

A ânsia de viver é tanta, que essa insônia irritante pode ser o reflexo do medo de adormecer e não ter mais um amanhã. Por isso devoro o hoje por inteiro com garfo e faca, saboreando cada pedacinho. Prefiro ficar com essa dor na barriga do que limitar o quanto de vida posso comer no instante presente. Mas eu sou "fominha"; vou comendo o hoje com a boca cheia dágua desejando o amanhã!

Ritual


É que de repente ela entediou-se. Então levantou-se antes do sol nascer, tomou demoradamente seu último banho, lavou os cabelos, secou-os com todo cuidado, levou 40 minutos para decidir que roupa usaria. Estendeu as "eleitas" sobre a cama. Parou por um minuto. Sentou-se. Pensou. Quase deixou-se levar por um arrependimento que teimava em pulsar em seu peito. Levantou-se de sobressalto e continuou. Estendeu suas meias finas ao lado das roupas, separou seus sapatos mais altos e deixou-os ao pé da cama. Olhou fixamente a composição que escolhera e se imaginou vestida e calçada. Ainda "de toalha", olhou suas unhas [vermelhas] e escolheu seu YSL vermelho [um baton que quase nunca costumava usar], sombra cinza escuro, rímel e lápis pretos, base iluminadora, juntou tudo e levou consigo ao banheiro. Em frente aquele espelho enorme iniciou seu ritual. Lentamente fez a pele, os olhos e, por último, a boca. Seguiu para o quarto mais uma vez. Delicadamente subiu a saia cinza sobre a lingerie preta, depois vestiu a blusa também preta que ajustava-se perfeitamente em seu corpo. Sentou-se na cama, com todo cuidado calçou as meias. Levantou-se e mais uma vez fitou-se no espelho. Não gostou do cabelo. Prendeu-o. Voltou-se, calçou seus sapatos altos e pretos, levantou o tronco, ajeitou-se da forma mais esguia que conseguiu. Perfumou-se. Era o último dia que se preparava para aquele trabalho. Então observava cuidadosamente cada detalhe do que fazia. Colocou a mão sobre a fechadura, parou por 4 segundos e abriu. Caminhou com toda classe de uma verdadeira dama. Lentamente. Delicada, porém firmemente. Tomou seu café com pouca vontade e partiu. Durante o trajeto observou cada paisagem pelas quais passara tantas vezes e não vira. Ao chegar ao seu destino, olhou fixamente para cada uma das pessoas com as quais passava a maior parte de seu dia e deu um sorriso amarelo. Fez cada coisa com um cuidado diferente de todas as outras vezes. Arrumou sua mesa, limpou as gavetas, mudou suas coisas [ainda suas] de lugar. Cada gesto seu trazia um alívio de uma saudade que não iria ficar. Após as surpresas [as insuportáveis festas de despedidas]pegou suas malas [ela sempre tinha as malas prontas] e partiu com a mesma certeza que chegara. Ela nunca ficava, por essa razão, sempre deixava as malas prontas.

domingo, 18 de abril de 2010

As inquietações dele

Naquela noite, após um dia permeado por silêncios, ele sentou-se e percorreu seus pensamentos em busca das razões que o levaram alí. Enquanto ele cismava, ele fechava-se em seu mundo esperando ser invadido repentinamente por tudo que desejava saber. Lançava o olhar ao nada e torcia os lábios a cada vez que acreditava que tudo seria diferente se descobrisse o que tanto procurava. Levantou-se, percorreu alguns passos em direção à rua mas de repente recuou, olhou para sí, não sabia se vestia-se, se ia em frente, se parava. Não tinha certeza se desejava ir. Voltou. Sentou-se novamente recostado sobre as pernas e mais uma vez cismou, lançou o olhar ao nada e torceu os lábios. Fumou lentamente um cigarro e recostou-se por completo. Estava cansado. Adormeceu. Acordou saobressaltado, olhou ao redor. Não estava sozinho. Suspirou uma única vez. Aquietou-se. Acabara de encontrar suas razões.

Chegadas e Partidas


Sempre que viajo, naquelas intermináveis horas de espera nos aeroportos, observo pessoas sempre vindo, indo e certamente que virão e irão tantas outras vezes. Chegam para o natal, para as bodas dos avós, para o aniversário da mãe, para o casamento da melhor amiga; e mais uma vez, partem, para o trabalho, para a faculdade, para a outra família. Aeroportos me apertam o peito [engraçado isso] porque me fazem ver o quanto não tenho parada. Uma vida sem destino. São tantas despedidas, tantas chegadas, sorrisos, lágrimas, mas ao final, todos se vão. Breve ou lentamente, ninguém fica. Assim vou me vendo tantas vezes naquelas pessoas. Uma chegada com sorrisos [ou lágrimas, quando a saudade não cabe mais no peito]e tanta coisa coisa para contar para pouco tempo depois...partir. "E assim, chegar e partir são só dois lados da mesma viagem". Quando rompemos nosso cordão umbilical adulto nunca mais temos parada certa. É o preço da independência e da responsabilidade, que queiramos ou não, a idade sempre traz. Passamos o resto da vida fazendo e desfazendo as malas, chegando e partindo para formar esse depósito de coisas, momentos e pessoas, que denominamos LEMBRANÇAS e que contemplamos como a uma foto antiga, envelhecida pelo tempo, porém, com a mesma beleza e sentimento que nos faz prosseguir. Porque no fundo no fundo, saber que não estamos sozinhos de verdade é o que dá forças para novamente chegar e partir, num processo constante e infindável de encontros e despedidas...e assim "O trem que chega é o mesmo trem da partida. A hora do encontro é também despedida". Não poderia encontrar descrição melhor para o que estou tentando exprimir agora.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Medos


Após juntar os pedaços e se refazer, ela só temia que o cristal se quebrasse outra vez. Então olhou para trás, pensou, suspirou três vezes mais forte e partiu. Ela não queria arriscar.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Naquela tarde

...O céu nunca se fizera tão azul quanto naquela tarde. O tempo parecia parado enquanto "ela se entreolava" buscando palavras para dissipar aqueles longos segundos de silência que caiam sobre os dois. Interiormente ela se perguntava o que havia por trás daqueles olhos tão melancólicos e profundamente interrogativos. Na verdade, ela talvez não se perguntasse tanto, pois tinha medo de saber o que aqueles olhos imersos em pensamentos ocultos significavam. Não ousava a perguntar. Temia, tremia, toda vez que se sentia observada por aqueles olhos inquisidores. No fundo ela sabia que eles a conheciam verdadeiramente. Ela sabia que seus segredos não mais eram somente seus. De repente ele parava, fumava um cigarro, fitava o horizonte e voltava seus olhos pra ela como se não desejasse estar ali. O céu estava azul demais para ser observado apenas acompanhado de um cigarro e de uma sombra. E quando ela quase desistia dele, num ímpeto, ele a pegava nos braços e sem dizer palavra alguma a fazia acreditar que não existia aquela interrogação, que tudo era tão claro quanto o azul do céu daquela tarde. Após ela fazê-lo acreditar que o descobrira, mergulhava em seus pensamentos e deixa-se cair em sí mesma assim como aquele lindo céu azul daquela tarde perdia-se no horizonte para adentrar a noite, sepulcral, fria, sombria, onde ela perdia-se em seus mais sórdidos e secretos devaneios...

Lembranças

Mais uma vez ela sentiu saudades. Fora arrebatada pelas lembranças daqueles momentos que há pouco acreditara ter se perdido dentro dela mesma, e caiu em seu copioso pranto. Foi como se aquele vestido velho, guardado no "fundo do baú", voltasse a ser a mais bela tendência da moda.
E então ela chorou o seu choro sem lágrimas, e sofreu, e calou dentro dela aquele grito que latejava em seu peito...Ela não podia gritar. Depois levantou-se, olhou-se no espelho, e deixou que seu orgulho a tirasse mais uma vez do antro de submissão absoluta em que se encontrava por aquele amor. Acreditou assim, mais uma vez, que ela simplesmente não o amava mais. E aquietou-se em sua inquietação.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Nada Poético!

Mas hoje o cansaço foi, e ainda é, tanto que me impede até de pensar!
Nesses últimos dias tenho descoberto que preocupação cansa demais!
Eu só quero paz e CONSEGUIR dormir hoje...e essa "passadinha" foi apenas para "me despedir de mim mesma"...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Noite...

E eis que é chegada a hora de retirar-me da sanidade do despertar para mergulhar nos devaneios do sono...

Olhares...


...Então ele andava com a cabeça baixa, com os olhos caídos e o olhar distante, como se estivesse a procurar moedas por baixo da terra; não ousava levantar o olhar porque se sentia a mais ignóbil das criaturas....

Minha Loucura

Não são meus amores mal vividos, mas esse desassossego n'alma que me imerge nessa insanidade...