À vontade...o prazer é nosso!

... Afinal, na vida só há espaços verdadeiros para cores, dores, amores...e muitos devaneios.































































quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Saudosismo

...e quando tudo ficou pequeno diante de tamanha felicidade, ela se deu conta de que não mais contemplava a beleza das tardes tristes, o amanhecer silencioso, as delícias das noites mornas que tantas vezes acolheu seus devaneios, e sentiu uma saudade profunda daquela solidão que há muito desaperecera quase por completo. Então ficou alí, recostada no canto da parede do quarto, como um animal acuado, e lhe restou apenas observar todas as bagagens que agora enchiam as novas malas de sua vida...

sábado, 11 de fevereiro de 2012

FÉ!


...Porque quando a tempestade parece não mais passar, minha fé me faz resplandescer e sinto a poderosa mão de Deus segurando a minha, e me impulsionando a continuar, e principalmente a esperar em sua misericórdia...
Eis que a graça de Deus é alimento para minha alma, é conforto para minha dor, é luz que afasta minhas trevas interiores. E é esse Deus de tantas promessas cumpridas que me faz crer na vitória, no recomeço, na reconstrução, na restauração da minha vida, porque Ele me levanta e me sustenta em pé pela sua mão...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Dor do Parto...


Gente...dor de amor é quase um parto né [embora eu nunca tenha parido, dá pra imaginar rs]...A gente se arrebenta toda mas quando o "bacurí" espirra e dá aquele berro, é como "tirar a dor com a mão". Mas quando, de repente, não se escuta o berro e se dá conta de que o bacurí era um natimorto...a dor não termina na "espirrada" do útero...então demora, demora, demooooora...ou seja, a dor do parto se prolonga...Chega dá medo até de morrer também...[jeito descontraído para tentar parir um amor defunto hehehe...que olhando racionalmente, também já nasceu morto]

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Triste Fim...


...E quando lhes perguntarem do que foi que eu morri, digam-lhes que eu, sim, eu, simplesmente, morri de amor, sim, de amor...
Mas que todos saibam que não me sentei no caixão para comer uma das quatro velas que me ladeavam, pois sempre achei de extrema indelicadeza esse péssimo hábito de alguns defuntos...
Que todos saibam que fiquei alí, com meu rosto pálido e as pálpebras ainda inchadas por todo o pranto outrora derramado. Mas que não ousei a me sentar para comer nada, sequer para provar as minhas velas.
Não fui um cadáver feio, fui até bonito, ainda que sombrio.
É que pessoas que morrem de amor [embora facilmente contáveis] tem um fim tão triste que costumam camuflar aquela feiura natural que é tão peculiar à morte. Sem contar aquela piedade sepulcral que desperta nas pessoas, que, durante o velório, dizem cheias de comoção, com os olhos razos, fitando o pálido cadáver: "Coitadinha, era tão bonita, tão jovem, tão inteligente, tinha a vida inteira pela frente, não merecia acabar assim..."
Sempre tive o hábito de criticar todos que sofriam demasiadamente por amor, e esbravejava, com voz enfática: NÃO PERCA TEMPO SOFRENDO A TOA, PORQUE NÃO VAI CONSEGUIR MORRER!!! NINGUÉM MORRE DE AMOR, A NÃO SER A TERESA DE ALBUQUERQUE, DO SIMÃO BOTELHO!!!
Até então eu só conhecia essa pobre, que morreu de amor, que morreu por seu "amor de perdição".
Talvez "O Seminarista" Eugênio tenha elouquecido porque sua Margarida morrera de amor também [é bem possível que tenha morrido de amor sim...]
...E agora, vejo até um certo heroísmo nesse feito [ou acontecimento], pois não é para qualquer um morrer de amor.
Tão triste quanto prático e objetivo, foi disso que morri. E não precisam mentir quando lhes for perguntado. Digam-lhes, simplesmente, que morri de amor. E se não for pedir muito, tentem dizer isso de uma forma que fique menos vergonhoso e degradante que heróico e honroso...

Morrendo

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Destruída...


Estou em frangalhos! (Sim, EU, não ELA). Eu, sem máscaras, sem ressalvas...
Meu coração sangra dia e noite e minha alma está praticamente na UTI.
Perdi a luta pelo MEU amor, e não era qualquer amor...era o MEU AMOR!!! Aquele que também me amava, que cuidava de mim, que me abraçava nas noites frias e me fazia acreditar que tudo era possível quando eu pensava em desistir.
Era o meu braço forte, minha direção...
E o pior de tudo, é que eu, sim, EU, não tinha um segundo plano, porque eu me recusava a aceitar qualquer coisa na qual não coubesse NÓS, sempre juntos.
Então eu perdi o rumo, perdi as forças, perdi meus sonhos...Perdi o MEU AMOR!
E agora me vejo sozinha, mais uma vez à deriva...sem saber, sem poder, sem ter...para onde ir...

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Consumação


E de repente a cortina que há tempos estava aberta, que tantas vezes ela se queixara da paisagem que se repetia incansavelmente dia após dia, se fechara...
Não via mais o mesmo céu azul de todos os dias, a mesma grama verde que se estendia pelo chão, a cachorra amada e serelepe que corria alucinada pelo quintal e sempre a recebia abanando o rabo e dando saltos malucos em cima dela...
Não havia mais o mesmo sorriso de todas as manhãs...
Não havia mais a procura pelo seu corpo nas noites frias...
Não havia mais o abraço apertado nas tardes ensolaradas...
Então olhou ao longe e avistou novamente seus mares distantes, seu barco parado há tanto tempo, e sentiu o vento daquela liberdade que há muito ela abrira mão...
Caiu em um pranto copioso...
Nesse momento ela se deu conta de que todos os seus mares e o barco que a levara aos portos dos quais tanto se afastara, as noites livres, porém solitárias, não faziam mais sentido...
Deixou-se cair na angústia louca da solidão que estraçalhava seu peito e sufocava seu grito de dor e de saudades daquele que, sozinho, lhe mudou todos os caminhos. E nada mais podia fazer a não ser esperar, esperar e esperar uma cura que nem ela acreditava que viria, pois seu destino estava consumado...